segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Barramansenses ficam indignados com ato de vandalismo no Centro



Os painéis grafitados pelo artista Anderson de Souza nos pontos de ônibus da Rua José Marcelino de Camargo, no Centro de Barra Mansa, no dia 07, ficaram intactos por apenas um dia. Vândalos rabiscaram, com canetinhas, nomes e desenhos abstratos ao lado das pinturas. Quem passa pelo local indigna-se com o ocorrido. “É um absurdo. Além de atrapalhar o trabalho dos outros, suja e emporcalha a cidade”, reclamou a secretária Marize Soares da Rocha. “Li que a intenção era fazer painéis como estes em vários pontos da cidade, mas com as pessoas agindo assim nem sei se compensa. Devia ter uma punição forte para esses vândalos”, acrescentou a estudante Rafaela Cunha.

E há punição. De acordo com a Guarda Municipal, quem pratica vandalismo contra o patrimônio público pode ser preso. “Qualquer cidadão pode dar voz de prisão se flagrar a pessoa praticando um ato de vandalismo”, informou o comandante da GM, Moisés de Paula Freitas, acrescentando que a guarda realiza rondas constantes no Centro e que a população também pode fazer denúncias pelos telefones: (24) 3322-7817 e 3328-9643.

Segundo o Código Penal Brasileiro, quem praticar tais atos de vandalismo pode ser enquadrado no artigo 163, por dano qualificado. A pena para esses casos pode ser de seis meses a três anos de detenção.

Projeto – “Na crise, crie sorrisos” é um projeto do artista Anderson de Souza, com apoio da Fundação de Cultura de Barra Mansa. Os painéis contam, por meio de desenhos, a história de um casal desde o início do relacionamento. A arte urbana nesse estilo de interação com o cidadão é pioneira na região. No dia 02 de outubro, no Centro Cultural Estação das Artes, na Gare da Estação, haverá uma exposição com fotos e vídeos do processo de criação. "Barra Mansa ficará com esse legado, que também será apresentado numa exposição da galeria da Unicamp, em novembro", disse Anderson, durante a pintura.

O artista ainda não viu os rabiscos em sua obra, mas aproveitou o momento para lembrar que o que é público é de todos e deve ser cuidado por todos. “A partir do momento que a arte está impressa em um espaço público, ela deixa de pertencer ao artista e vira um patrimônio da cidade. Então, o cidadão passa a ser responsável pela sua conservação. Acho que deve haver uma consciência das pessoas quanto ao bom uso dos espaços públicos”, disse, acrescentando: “Eu gostaria que a obra que está lá e foi feita com dedicação tenha vida longa e cause uma reação positiva nas pessoas”, concluiu.

Fotos: Gabriel Borges

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